Retornar depois de sete dias longe de casa nos dá a sensação de um enorme vazio, uma confusão que passa com o tempo, mas que incomoda. Um misto de que ainda não se chegou por inteiro que a metade está aqui, mas a outra ainda não veio. Compartilhamentos experimentados só para os que vivem intensamente esse ir-e-vir.
Acabo de chegar. Foram dias entre Brasília e Pirinópolis, em Goiás. Motivos diversos provocaram essa viagem que vão desde a participação em um evento à necessidade de desestressar, de viver, de dar um tempo à cabeça e rever emoções.
Deixar a rotina e sair em busca de sonhos, de planos com prazos de vencimento limitados pelos dias e pelas horas, mas nem por isso menos intensos. Abandonar um pouco o leme, deixar o barco à deriva e permitir-se nem olhar a bússola.
A consulta com a médica que utiliza cogumelos no tratamento do aumento imunológico me fez muito bem. Voltei com a crença maior de que a minha trajetória será mais amena, que nada impedirá de eu viver mais um tempo e da forma intensa que sempre vivi. Não me basta viver, é preciso que a vida pulse em mim. Vou seguir o tratamento e junto com o que os demais médicos prescreverem, cuidar de mim com a mesma atenção que tenho feito até hoje.
Conheci novos lugares, revi pessoas queridas e deixei-me levar pela alegria do momento. Esqueci, durante boa parte desses dias, que há três meses meu mundo sofreu um forte abalo. Um nódulo de tamanho quase insignificante atravessou meu caminho e como a Pedra do Drumond tumultuou, perturbou, atravancou.
Uma pedra nodular superável, transponível. Vi nesses dias que posso viver sem pensar nela, quase ignorando-a. A felicidade ofusca o gosto amargo do medo.
Voltei melhor do que era há oito dias.
Isso é o que importa !!
Quem sou eu
- Ruth Rendeiro
- Belém/Ribeirão Preto, Brazil
- Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte
Aos que me visitam
Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.
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3 comentários:
Ah, quer dizer que vc andava por Pirenópolis... Eu queria me desestressar assim como vc!
Um beijãozão
Ufaaaa...estava ansiosa por saber o que estava acontecendo mesmo imaginando o quão gratificante seria esta viagem,não sei,intuição.Engraçado os caminhos dessa vida,e a oportunidade que temos de vivenciar o dolorido,o novo,o obvio,que por nossa conta deixamos passar...felizes de te ter e compartilhar contigo essa familia,essa passagem.Beijo.
Para o anônimo !
Não sei quem você é... Mas faça como eu : ignore o SE e vá !!
Vale a pena !
Beijão pra você também !
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