Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Reencontros ...

Quinta, sexta e sábado foram dias de puro reencontro. Re(estive) em ambientes muito significativos pra mim e com pessoas queridas. Estavam há algum tempo afastados pelas circunstâncias do meu dia-a-dia e constatei que a vida prossegue e que eu também vivo.
Primeiro, na sexta-feira à tarde, uma ida à Embrapa prestigiar a bela homenagem de despedida (aposentadoria) da amiga Célia Pereira. Novamente vejo no rosto de cada antigo colega, a surpresa dos colegas. A maioria sempre acha que me encontrará abatida,esquálida, pálida. Luto contra essa imagem. Quero-me bem. Recebi abraços e votos de retorno breve (?) que sei serem sinceros.
Depois mais um (re) encontro festivo. À noite voltei, depois de longa ausência, ao peixinho da 14 de Março (Bira’s Bar). Célia Libardi, Zé, Vanessa, Michel, Valmir Gato e um bom papo regado a cerveja (eles) e água (eu) e muito peixe com pimenta de cheiro fresca, limão e farofa. Um abuso consentido. Permissão para um prazer. Tudo de bom !
Na sexta-feira, uma palestra do grande jornalista e amigo Lúcio Flávio Pinto me levou ao Museu Emílio Goeldi. Jornalismo e Amazônia e de novo uma aula sobre os bastidores da região, o anti-jornalismo, o alto preço que ele paga por ter como único compromisso a verdade. Lamento, todas as vezes que ouço o Lúcio, ao constatar o quanto nós, amazônidas, sabemos tão pouco sobre o nosso chão. Pior: preferimos não saber. É mais importante a eleição nos Estados Unidos ou os jogos na Espanha ou Itália do que acontece em nossos quintais. Quantos filhos ilustres desse Estado apenas se lembram onde nasceram quando precisam preencher algum formulário. ? Saio desses encontros sempre incomodada e com a sensação de grande inutilidade. Mas valeu por ter revisto a Joice, Lilian, Milena, o próprio Lúcio e ainda usufruiu da companhia da Ieda Jucá com quem saí depois da palestra para conversar mais um pouco.
Sábado ainda me reservava mais emoções. Além do enorme prazer de ir cedo ao Ver-o-Peso comprar peixe fresco (uma tainha deliciosa foi assada para o almoço) em companhia do Manoel e do Leonardo, me preparei para um prazer meio solitário. Algo que podemos tentar traduzir, mas que só nosso :o baile de formatura da mais recente turma de colandos da FAZ (Faculdade de Tecnologia da Amazônia) em Comunicação Institucional. Fui receber a homenagem do grupo que durante meses convivi e me envolvi. Deram meu nome para a turma e ontem, solene e publicamente, agradeceram o que fiz com prazer, com respeito e dedicação.
Festa linda, informal, alto astral. Ali estavam reunidas pessoas do bem. Que acreditaram que a mudança é possível, que deixaram filhos, esposa, maridos, pais para ir em busca de um sonho. Muitos enfrentaram horas e mais horas em pé nos ônibus da periferia ou cansados, apenas desabavam nas cadeiras escolares. Mas resistiram a tudo e chegaram ao fim dessa caminhada. Estavam visivelmente felizes. Seus familiares também.
Eu também... Vi de perto tudo isso e várias vezes segurei as lágrimas.
Lágrimas de pura emoção. De alegria pelo reencontro. A vida soprando e me preparando para as notícias que a nova semana trará. Tenho que estar novamente forte, novamente disposta, novamente esperançosa para enfrentar o que virá . O que ainda me espera.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ruth,
Vim dar uma olhadinha no teu blog por recomendação de uma amiga de um grupo de crochê do qual participo, a Lyl. Gostei muito, vou continuar acompanhando. Quanto ao tratamento, é só ir levando um dia de cada vez. O jogo só termina quando acaba, até lá é dedicação, alegria, trabalho, carinho.
Abraços,
Irene Fagundes Silva

Soraya Pereira disse...

Ruth,
Que retorno em grande estilo, hein?! Só tu mesmo!!! Você merce todas as homenagens. Fez por merecer!!!!
Parabéns,
Soraya