Mesmo não sendo a Regina Casé, hoje deu pra sentir o gosto do Natal que reúne pessoas que querem mais do que presentes. Se satisfazem com atenção, demonstração de afeto e se tudo isso vier embalado em uma roupa vermelha, com um sorriso de velhinho estampado no rosto, melhor ainda. Os carrinhos, bonecas e bolas são simbólicos. O abraço daquele ser que encanta adultos e crianças é mais relevante, mais emocionante.
Um grupo pequeno de pessoas anônimas há alguns durante todo o ano compra brinquedos que são distribuídos entre os que vivem nas áreas mais pobres do bairro da Terra Firme. Este ano o Manoel foi convidado a ser o Papai Noel. Visível a sua emoção. Há alguns meses não tirava a barba para que de fato sentisse o gosto mais real da fantasia.
A Anaterra a ajudante fiel, participativa. Sempre disposta, prestativa, decidida, distribuia brinquedos : meninos aqui nesta fila... meninas ali, naquela.
No rosto de cada pequenino a certeza de que não fora esquecido.
Este Natal, como já imaginara, está sendo diferente. Emoções muito fortes. Passado e futuro que estão perturbando o presente.
Antes a família reunida. Almoço farto e barulhento. Troca de presentes simples, a emblemática lembrança.
As lágrimas têm caído escondidas. Tenho chorado demais. O motivo ? Ah.... são motivos... muitos motivos... Alguns bobos, outros futuristas. A sensibilidade está à flor da pele e não dá pra segurar que o coração se aperte e os sonhos e medos se misturem; que o ir-e-vir se alterne; que morrer esteja tão próximo do viver intensamente.
É Natal e a natureza aqui parece saber disso. Chove lá fora. O dia fica mais triste, mais preguiçoso como se recomendasse a reflexão, a introspecção, o silêncio absoluto para que os pensamentos voem mais longe e tragam boníssimas lembranças e aterrorizantes perspectivas.
É Natal, mas nem ouço o sino de Belém.
Quem sou eu
- Ruth Rendeiro
- Belém/Ribeirão Preto, Brazil
- Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte
Aos que me visitam
Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.
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