Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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domingo, 11 de novembro de 2007

Uma festa atípica

Ontem fui à minha primeira festa atípica. As que terei que me acostumar daqui pra frente. Totalmente limitada no comer e beber, compareci para matar a saudade e prestigiar os ex-alunos que em 2006 compuseram a primeira turma de Comunicação Institucional da FAZ e me homenagearam esconhendo-me como paraninfa.
Nem cervejas, refrigerantas, salgados ou qualquer outra comida. Só água ! Mas comprovei que um encontro pode ser alegre, festivo e repleto de amizade mesmo sem esses ingredientes. É claro que senti falta. E muita !! Mas dancei, ri, me diverti nas poucas horas que lá fiquei.
Abracei e recebi o afago carinhoso do Paulo, Michelly, Karla, Adrielle, Fábio, Jaqueline, Josiane, Outeiro, Patrícia, Simone,Keneth, Lena, Mira e como um filme recente, relembramos fatos marcantes.
Eles foram os meus primeiros alunos formais. Foi com eles que debutei como professora de curso superior. Entenderam todas as minhas limitações, perdoaram meus deslizes e abonaram minhas falhas. Tudo bem que me esforcei muito para não decepcioná-los. Se por um lado tinha uma enorme dificuldade em me organizar didaticamente para repassar minha experiência, por outro tentava compensar com abordagens novas, dinâmicas, atraentes. Cada aula era uma novidade talvez maior para mim do que para eles. Foram meus cobais, foram meus parceiros nessa descoberta que agora me apaixona.
Quase aos 50 anos descubro essa nova profissão e isso devo muito a eles. Sinto-me plena em sala de aula. Nem cansaço, nem doença, nem preocupações se aproximam de mim quando estou à frente da turma, explicando, fazendo com que eles entendam toda a magnitude que visualizo no trabalho do profissional de Comunicação.
Mais do que ensinar, do que levar informação, quero lhes repassar a possibilidade de sermos profissionais competentes e éticos; eficientes e justos; produtivos e honestos; atuantes e companheiros. Sei que é possível. Nada é excludente.
Fazê-los pensar, duvidar, questionar, contribuir para que tenhamos uma sociedade melhor é a base das aulas, das discussões em sala.
A maioria já é vencedora. Só de estar lá todas as noites. Pais de família, adultos que trabalham o dia inteiro e à noite voltam aos bancos escolares em busca de conhecimento ou de melhorias em suas vidas profissionais. Guerreiros que têm limitações, mas que não desistem e que por isso têm a minha admiração.
Sei que eles percebem a minha honestidade de propósito, minha sinceridade em, de alguma forma, ajudá-los a ser mais um cidadão pensante e que possa interferir mesmo que seja em um microcosmo chamado assessoria de comunicação.
Ontem, vendo os primeiros deles felizes, alguns despontando no mercado do trabalho, conscientes de seu papel e unidos comemorando o primeiro ano de formados, experimentei a sensação de dever cumprido.
Mesmo sem cervejas, refrigerantes ou salgadinhos ...
A foto ao lado resume tudo.

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