Hoje nem tive tempo de lembrar que tenho um câncer, que preciso iniciar o tratamento, que meu fígado tem que estar potente para não sucumbir diante das drogas poderosas. Desde ontem entrei numa roda-vida.
Cheguei tarde da Unama (Universiade da Amazônia), onde ministrei uma palestra sobre a relação joprnalistas / cientístas para os estudantes de Comunicação, a convite das professorad Ivana e Cenira. Adoro aquele cenário de curiosidade, de dúvida, de tantas indagações. Sinto-me velha, quase idosa ao falar que sou do tempo de A Província do Pará, da máquina datilográfica, do telex... Mas me delicio com a constatação de que já vivi muito e intensamente, aproveitando tudo o que me foi colocado no banquete da vida.
Dormi cansada e acordei cedo. O dia começou com os preparativos para a homenagem que faremos à noite ao Manoel (meu marido) que amanhã chega aos 5.0, mas que será antecipado para que as pessoas que viajarão possam vir. Arroz paraense (jumbu, tucupi e camarões salgados graúdos), pizza de jambu, pastéis da Cairu e uma suculenta salada compõem o cardápio. Cervejas e refrigerantes à vontade e muita música (antigas como ele gosta) e papo, muito papo sabe Deus até que horas.
À tarde ainda fui à FAZ dar prosseguimento ao projeto de reestruturação da Assessoria de Comunicação da Faculdade. Um desafio que tem me preenchido o tempo e que me dá prazer. Escrevi, popus, conversei, reuni e de repente o tempo passara.
A roda-vida nem permitiu que eu percebesse que quase não tomo café, que o leite foi abolido, que vou ao shopping e já não como pão de queijo nem tomo chope.
Começo a achar que já estou me acostumando.
Oxála que sim !!
Quem sou eu
- Ruth Rendeiro
- Belém/Ribeirão Preto, Brazil
- Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte
Aos que me visitam
Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.
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Um comentário:
Muito precioso saber o paralelo traçado por voce entre, o cotidiano comum, e o cotidiano especial, esse totalmente novo , mas tenho certeza que está se saindo muito bem, e que não vai conviver com ele por tanto tempo assim, apenas enquanto durar o tratamento, continuamos torcendo.
Toni
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