Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2007

O câncer que veio salvar o fígado

Inevitáveis as mudanças. Primeiro o impacto de se ter um câncer. Desespero seguido do esforço para tentar entender. Nunca o banalizei como algumas pessoas próximas tentaram me convencer. Câncer é câncer e pronto. Ponto ! Obviamente que há tumores mais agressivos, em órgãos vitais e que quando descobertos em um estágio avançado quase nunca representam uma sobrevida com qualidade e quase normalidade.
Felizmente não é o meu caso.
Concordo com os que dizem que tive sorte ao descobrir em um preventivo um com menos de 1 cm, no seio etc.. etc..
Mas sorte grande parece ter tido o fígado. Dificilmente ele seria tão vasculhado, interrogado, questionado em exames de sangue, urina, ultrassom, ressonâncias se não houvesse um câncer no caminho, atropelando-o.
Desde agosto me afastei do álcool (uma exceção foi aberta apenas no aniversário do Raul dia 23 de setembro)e tão logo soube do câncer minha alimentação passou por mudanças radicais.
Se assim não fosse, neste momento de final de semana prolongado estaria em Mosqueiro, Salinas ou Ajuruteua fazendo tudo o que eu gosto e que o fígado abomina : muita cerveja à beira da praia para amenizar o baita calor (mentira !!) devidamente acompanhada de deliciosos camarões, caranguejos e peixes com muita pimenta de cheiro e farinha d'água.
Não posso mais sonhar com esses prazeres. Tenho que encontrar outros. O fígado está regulando a minha vida, avisando-me que preciso rever meu estilo de vida. Nada de cervejas, cigarros (ufa, esse está há 15 anos distante de mim !)ou comidas politicamente incorretas.
Além dos livros, Net e TV, agora meus programas têm que incluir locais que não signifiquem comer ou beber. Mais shows, mais praças, mais parques, mais museus. Na bolsa maçãs e peras e a certeza de que agindo assim estou evitando complicações que podem ser mais graves que o câncer.
Bem.. este está agora na espera.
Começo a achar que o câncer veio para salvar meu fígado e me salvar.

Um comentário:

Unknown disse...

Ruth,
Linda sua história! Posso tomar a liberdade de utiliza-la em uma palestra de motivação em SP??
Abraço
Sandra Poli