De novo o fígado adia a cirurgia. Não sei se fico triste ou comemoro. Mas creio que tenho mais motivos para ficar feliz. Órgão silencioso, essencial e misterioso. Sofre calado. De repente uma indicação, nos exames pré-operatórios, de que algo atípico estava acontecendo com ele. Tudo bem que sempre tive esteatose hepática (as gorduras que se acumulam), mas isso nunca foi visto pelos médicos como preocupante.
Mas agora é diferente. A cirurgia será demorada (tem a reconstrução mamária) e depois quimios, radios, medicamentos fortes etc tudo isso junto poderia trazer conseqüências gravíssimas. Felizmente o que deveria ser um exame de rotina, levou à pesquisa e à necessidade dele ser fortalecido para enfrentar o que ainda virá.
O fato de eu já ter tirado o nódulo do seio tranqüiliza os médicos e a mim, obviamente. Posso esperar, posso ter esse tempo para fortalecer um órgão que será fundamental no processo de combate ao câncer. Impossível tratar o câncer sem antes tratar o fígado.
Já estou achando que o câncer veio para me alertar sobre o fígado ...
O clínico geral (aquele que admiro e confio) tinha razão : hepatite gordurosa, que deve ter também resquícios de outras hepatites como alcoólica, medicamentosa (o zoloft é terrível ! e os antibióticos após a primeira cirurgia também).Um diagnóstico que exigirá de mim muita disciplina e força de vontade.
Dieta rigorosa sem pão, massas, doces (ah... tem ainda uma pré-diabete !) muita verdura, legumes, frutas e leite de cabra. Chopes, cerpinhas ? nem pensar.
E mais exames : uma ultrassonografia para determinar o nível do comprometimento, o tamanho das placas gordurosas. Nova aflição, nova expectativa. Felizmente só dentro de dez dias.
A nova data das cirurgia ainda está indefinida. Talvez início de dezembro. Prometi a mim mesma que não ficarei mais ansiosa. O dia será o que Deus quiser, que Nossa Senhora de Nazaré decidir e com muita segurança em seu êxito. É o que importa !
Em frente !
Quem sou eu
- Ruth Rendeiro
- Belém/Ribeirão Preto, Brazil
- Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte
Aos que me visitam
Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.
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