Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Os amigos virtuais

Sempre gostei da NET.Dependo dela profissionalmente e a uso com prazer para reencontrar, conversar e fazer amigos. Muitos, distantes tanto tempo, foram "reconquistados graças à tecnologia : Francisco Carlos, Levy, Freitas ... a galera do Souza Franco", do curso de Comunicação da UFPa (Xanda, Adelaide, Lili, Noelina, Bertha ...), amigos de Belém ou que moram em outros lugares e aqueles que nunca vi (e talvez nunca venha a conhecer pessoalmente!). Pessoas queridas, amigas, algumas sem rosto, mas que estão na minha vida e que mais do que nunca têm sido reais e presentes.
Um grupo virtual, entretanto, se destaca nesta fase da minha vida.
Procurando entender o que de fato está acontecendo comigo, essa busca incessante de ir fundo nas explicações para que o fato torne-se compreensível, usei e abusei do Google com um só tema : câncer de mama. O que é afinal? por que acontece ? quais as diferenças e similaridades ? Os tratamentos , o que me espera, os riscos ...
Foi no estereotipado Orkut que encontrei o que buscava : uma comunidade, que possui inclusive moderadora, a Marisa Speranza, reúne mulheres guerreiras (ou de peito!) que passam ou já passaram pelo que eu estou vivendo. Há também filhos que, tentando compreender a doença das mães, participam da comunidade.
É ali que, diariamente, tenho conversado com pessoas que por serem mais antiga no assunto usam terminologias ainda desconhecidas para mim e que ao pouco vão entrando no meu vocabulário. São mulheres que já estão clinicamente curadas, outras que, como eu, acabam de descobrir, as que passam mal na quimioterapia, as que retiraram todo o seio e ainda farão a reconstrução, outras que já fizeram. Mas há muito mais : há solidariedade. Ali ninguém sofre mais do que a outra, ninguém é mais forte ou mais fraco que a outra. Somos apenas seres humanos, cheias de medo, mas com muita esperança, muita fé e falando de temas que todas sabem o que significa, afinal, é preciso estar no terremoto pra sentir a terra tremer.
A participação é efetiva e diária : a que fará a cirurgia amanhã, a que acabou de chegar do hospital, a que já terminou a quimio e vai viajar, a que está apavorada com a proximidade de mais uma intervenção, a que já está linda e maravilhosa depois de anos de tratamento.
Ahh... como está sendo gratificante e reconfortante saber que não sou única. Que meu medo é normal, que minha energia é real, que viver, assim como todas as outras, é meu maior objetivo.
Chegou a hora de renascer. E renascer melhor !

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ruth!
É a primeira vez que estou lendo seu blog...realmente emocionante..
Vc é uma pessoa iluminada, amada pelas pessoas que te cercam. Com o carinho de todos e com a benção de Deus e intercessão Nossa Sra de Nazaré, você encontrará a força e o conforto para superar essa batalha.
Grande beijo
Alethéa Lisboa

Gabbay disse...

Ruth,

Eu tenho refletivo muito sobre a nossa vida com a grande rede, a Internet. Eu ainda fiz trabalhos no ensino médio com máquina datilografar e mandei cartas pra amigos distantes pelos Correios. Agora, graças a rede, posso acompanhar o teu progresso, por exemplo, torcer junto e sentir as emoções daqui. É muito doido, hein? Essa tua experiência no orkut vai te dar pano pra um livro no futuro, que tal???

Bjs,