Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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domingo, 27 de setembro de 2009

A maioridade e suas múltiplas facetas

De repente aquele garotinho manhoso, chorão, medroso chega à maioridade. Poderia ser só mais um aniversário, mas para mim, neste momento de nossas vidas, é emblemático e cheio de nuanças.
Ratifico, mais uma vez, como somos prepotentes, arrogantes e altivos ao acreditarmos que podemos dirigir nossas próprias vidas, rumar nossos destinos. Quando o Raul nasceu ele era o “meu” bebê, depois se transformou no “meu” menino que tentei direcionar para a pesquisa, mostrando ludicamente desde cedo a ciência e tecnologia.
Hoje tenho um rapaz que sabe o que quer e que não é absolutamente nada do que eu queria. Determinado, cabeçudo, teimoso e que transformou suas aulas doloridas na academia no que de mais importante existe para ser vivido.
Aos 18 anos passa a ser civilmente responsável pelos seus atos. Já não responderei por qualquer atitude ilegal que cometa, mas não consigo ainda vê-lo como um homem capaz de cuidar integralmente de si. Mesmo que more distante e sozinho.
Seu emocional parece não ter acompanhado o desenvolvimento dos músculos que só tendem a ir mais e mais além. Tenta ser um ser independente, mas basta eu ir passar alguns dias em sua casa pra sentir o quanto ainda é carente de atenção, de organização, de carinho maternal, da presença de uma mulher.
Relembramos com saudade alguns aniversários. Os 15 anos quando o Manoel transformou nossa casa em uma boate alegre e moderna. Os 16 marcados por um almoço que teve como um dos convidados especiais o seu professor de karatê, o Paulo, e a apreensão disfarçada pelo resultado, no dia seguinte , da biópsia do nódulo retirado da minha mama e os 17, já sem o Manoel, no Habib’s de São Carlos.
Agora foi em Ribeirão. Eu, mamãe, Anaterra e três de seus colegas de USP mais próximos: o sempre presente e paciente Lucas; o risonho Rafael e o mais maduro André. Um brinde, sem álcool, e muito churrasco celebrou a chegada à maioridade do “meu” bebê. Sei que ali estava seu mundo onde predominam as brincadeiras, o tom sarcástico e inteligente de jovens privilegiados que riem do nada e celebram a vida.
No final de semana anterior, brindamos com parte da família em Leme. Na casa do Ruy, sob o entusiasmo da Dóris, um delicioso bolo, muito barulho, peixada com pimenta e farinha da terra e lasanha antecipou a data. Rimos, lembramos e de novo celebramos a continuidade da vida.
Nem eu nem ninguém saberá quantos aniversários ainda passaremos juntos, mas o importante é que o amor a tudo resista.
Neste ou em outro plano qualquer...

4 comentários:

Jesus disse...

Ruth,
parabéns para o 'seu' bebê!
Seja feliz Raul!!
bjs
Jesus

Unknown disse...

Ruth parabéns por "A maioridade e suas múltiplas facetas",ficou cinistro o texto!

graca disse...

Ruth, para as mães os filhos nunca crescem...e com certeza vc estará presente comemorando muitos outros 18 anininhos de seus pimpolhos.
bjus
Graça

Dulcivania Freitas disse...

Olha lá hein Ruth....veja como vais se comportar com a nora quando ele casar e tal..eheeheheheeh
bjssssss parabens, Raul!!!