Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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quarta-feira, 18 de junho de 2008

Ainda em Belém

Para os amigos que acreditam que a essa hora eu já estivesse em território paulista sentindo muito frio, informo que ainda estou na nossa abafada Belém. Não foi possível, até o momento, antecipar a data da viagem. O fato de as passagens serem uso de milhagens exige um prazo maior, mas a colega Débora, da Embrapa, está se movimentando como sempre em busca dessa alteração. Enquanto isso permaneço com as malas arrumadas e tentando agilizar o máximo que ainda está pendente. Preciso finalizar a venda do carro, obter as transferências da Anaterra (Colégio Gentil e Cultura Inglesa), entregar os móveis e eletrodomésticos que foram vendidos no bazar, resolver mudanças e outros assuntos no Banco do Brasil e ainda cuidar da minha saúde.

Este é um assunto que preciso me dedicar mais. São tantos os casos de recidiva, metástase após um câncer de mama que nem quero pensar na hipótese. Quando descobri meu câncer fiquei apavorada, mas ao mesmo tempo segura de que nada aconteceria com meus filhos porque o Manoel estaria ao lado dele. Estava saudável e é um pai completo. Mas a situação se inverteu. Nem tenho tempo de sentir dor, por mais que a mama esquerda lateje, tenha um endurecimento dolorido que às vezes me impede até de deitar de bruços. Preciso correr em busca da minha radioterapia, dos exames de acompanhamento e ficar atenta para, mesmo que surja algo novo e desagradável em meu corpo, eu possa tratá-lo de imediato, sem maiores riscos.

A expectativa é grande. Reencontrar o Manoel será bem doloroso. Ele está debilitado, magro, pálido e quase sem condições de andar. Fica cansado com facilidade e tem pouco apetite. Mas quero ir já ! Preciso ir ! A presença da Dé, a irmã doadora, também vai fazer bem ao seu emocional. Ontem disse a ela que fique em uma redoma, que não adoeça, que cuide-se muito, muito bem. Ela é a pessoa mais preciosa do mundo hoje para nós. Salvará a vida do Manoel !! Uma vitória que não cansamos de comemorar. A compatibilidade com uma pessoa da família e com tanta agilidade vai fazer a diferença no final., Ele receberá a nova medula ainda em condições gerais de saúde boas e dentro de um, dois anos sei que estará de volta à vida normal.

A Anaterra também está ansiosa. Na sua ingenuidade parece até alegre. Vai para São Paulo e como gosta muito de moda, já se imagina combinando peças e cores para curtir o frio. Pelo menos na cabecinha dela o mundo é mais colorido, tem mais rosas do que espinhos. Ao mesmo tempo sente demais a partida. É muito querida entre as colegas e isso agora se comprova com as diversas homenagens que tem recebido das colegas. Festinhas surpresas, cartas e mais cartas ratificando a amizade eterna e pequenos presentes que incluem bichinhos de pelúcia e bijuterias personalizadas. A minha menina está amadurecendo rápido demais.

E enquanto a passagem não vem, tento organizar a casa para receber seus novos moradores. Em breve Rulton, Socorro, Marcela e Leonardo farão companhia à mamãe, Miúcha, Bebel, Timão, Dudinha, Pretinho, Gatinha e Floquinho.

Um novo ciclo que começa... Uma nova janela que se abre

5 comentários:

RENATA disse...

Querida amiga..sei o quanto deve ser dificil essa mudança que sua vida deu ...mas eu estarei sempre aqui torcendo por vc e te mandando boas vibrações e energias positivas para que vc consiga passar por tudo.
A vida na verdade 'e uma verdadeira caixinha de surpresas e quando agente menos espera nossa vida da um giro de 180 graus.
Mas estou muito feliz de saber que o Manoel consiguiu uma doadora..as poucos as coisas vão chegando no seu devido lugar..Deus esteja com vc..um forte abraço!!

Gabbay disse...

Um poema que te fiz:

Ruth, novos caminhos, novos ares, novos visinhos;
Ruth, velhas memórias, velhas histórias, doces carinhos;
Ruth, muitas sacolas, em cima da hora, passagens à mão;
Ruth, um novo futuro, sem medo do escuro, Manoel barrigudão.

Boa mudança!

Anônimo disse...

Eu e Ricardo torcemos e rezamos muito por vocês. Em Belém ou em SP, seremos sempre presentes na vida de vocês e no que nos for possível, por favor não deixa de nos solicitar ok. Logo, logo, vamos ligar para o Manoel, só o vimos uma vez mas ficou uma lembrança formidável da simpatia e bom humor dele. Te amamos!!! Dulcivânia e Ricardo

Ana Cláudia Pinheiro disse...

OI querida, essa mudança está sendo muito difícil para todos, porém tenha fé que tudo se encaminhará como deve ser feito.
Passo com vc antes, te ligo tá.
MIl bkojasssssssssssss

Gilceana Soares Moreira Galerani, disse...

Oi Ruth
Tenho acompanhado sua história recente. Mas sou tão fraca, amiga, tão fraca se comparada a você, que não deixava recado por medo de mais atrapalhar que ajudar com a minha emoção.
Mas hoje entrei aqui pra saber de você e li sobre a medula encontrada para seu marido. Fiquei tão feliz que resolvi escrever. Essa medula é sinal de novos tempos, é sinal de revertério: tudo agora será surpresa boa, apenas alegria. Tenho fé e torço muito por isso. Admiro muito você, lembro-me com carinho do qto é solidária e prestativa. Creio que isso lhe dê muito crédito nesta caminhada. Grande abraço com carinho. Estou no Sul, mas posso ajudar no que for preciso, talvez na seu novo desafio profissional, não sei... Mas estou à sua disposição.
Beijo,
Gilceana Galerani