Há quatro dias estou em Cuiabá. Uma das poucas capitais que ainda não conhecia e confesso a minha surpresa. Ela é tudo o que eu não imaginava. Arrumadinha, limpa e com um povo atencioso sempre disposto a informar, a ajudar.
A Mídia ajuda-nos a criar boas e péssimas imagens. A gostar daqui e a desgostar dali. “É como não sentir calor em Cuiabá”, diz a música a do Skank,já anunciando o mal estar. Não senti nada, até agora, que se pareça com o calor abafado da minha Belém. Aqui a temperatura é alta, mas o vento é farto. Uma cidade agradável e hospitaleira.
Sinto, por outro lado,a efervescência do El Dourado. Muitos carros do tipo “tenho fazenda ou trabalho em uma” circulam pela cidade. No hotel homens de chapéu de couro, botas e muita poeira. Ela parece que vai explodir de opções de trabalho, de negócios em cada esquina. Pulsa, lateja, mesmo em calma, quase em silêncio.
Os sotaques se misturam. Possível identificar goianos e paulistas, mas certamente muitos outros brasileiros (e estrangeiros!) estão chegando em busca de uma nova oportunidade, do sonhos de ser feliz e Cuiabá parece recebê-los de braços abertos.
Hoje visitei a Casa do Artesão. Um espaço sob a responsabilidade do Sesc que me impressionou pela organização, pelo atendimento e qualidade dos prodrutos expostos. Profissionalização presente em cada espaço.
Cheguei mesmo a solicitar o nome da coordenadora para repassar a alguém de Belém. Uma iniciativa que poderia ser copiada. Quem sabe o nosso Mercado de São Braz se transforme em algo similar. Mude aquele ar de abandono e renasça.
A variedade na Casa do artesão é enorme. Um belo casarão bem cuidado reúne artesanato indígena, biojóias, belas e criativas camisetas, redes bordadas à mão lindíssimas, livros, cds, bijouterias e muita cerâmica, além de doces, licores e outras guloseimas da terra.
Ao entrar uma pessoa nos acompanha com uma cesta e ali vai reunindo tudo o que pretendemos adquirir. Depois, na saída (passamos mais de uma hora visitando calmamente cada um dos ambientes), em um balcão faz-se o pagamento (cartão, dinheiro...) e logo após, em outro, alguém empacota (para presente ou não).
Tudo sistematizado, com simpatia. Impossível não comprar muito além do previsto !
Cada lugar que entrava imaginava o Mercado de São Braz transformado em algo similar: artesanatos marajoara, tapajônico, biojóias, camisetas, livros, Cds do Vereguete, do Pinduca, da Fafá, do Nilson Chaves, do Pavulagem....Em outro canso nosso tacacá, açaí com peixe frito, tapioquinhas, caruru, vatapá e sucos e sorvetes de tantas e deliciosas frutas.
Vou sugerir (não sei se adiantará !) às pessoas do meu Estado para que conheçam essa experiência. Quem sabe ficará mais fácil comercializar e valorizar o que temos de bom, bonito, único.
Vou fazer a minha parte !!!
Quem sou eu
- Ruth Rendeiro
- Belém/Ribeirão Preto, Brazil
- Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte
Aos que me visitam
Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.
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2 comentários:
Flor,
Bom saber que você está voltando ao batente!!!!
Beijos
sou elizangela de cuiabá mt, estudante de Gestão Comercial, estou com uma missão de montar um projeto sobre comercialização de artesanatos, ví aqui seu texto sobre cuiabé adorei, muito obrigada, a casa do Artesão realmente é muito linda, e vc tem bom gosto pr tudo, se poder me ajudar com meu projeto sobre artesanato eu agradeço muito.
e-mail: elizangela_aroeira@hotmail.com
é um prezer ler coisas boas, como as que vc escreve, um grande beijo.
e muita saúde
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