Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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sábado, 29 de setembro de 2007

Meus alunos

Na quinta-feira passada (dia 27) eu fui à faculdade cumprir a obrigação de avaliar, oficialment os alunos. Sala cheia. A turma inteira me espeava (50 alunos). Estava engasgada e não tive coragem de perturbá-los com a notícia. Sabia que um ou outro ficaria abalado e não tinha o direito de interferir na avaliação. Não desse jeito. Ontem, a aula era prática. Na Feira Pan-Amazônica do Livro. Achei que era o melhor momento. Falei com um, com outro sempre procurando ser natural e focando na informação de que não mais voltaria para prosseguir este semestre. Foi indecritível ! Ver um homem como o Alessandro, de cerca de 1,90m, forte, adulto, se emocionar, ir comprar uma bela peça artesanal com a imgem de Nossa Senhora de Nazaré estilizada e me presentear para que Ela me proteja: a Rosinalva chorando; o "seu" Gabriel dizendo de forma enfática, como é seu estilo, que fará uma corrente... O Paulo Giovanni, a Verônica... todos... Mas foi no olhar da jovem Carolina que eu mdetive : ela repetia : - não pode ser ! Diga que não é verdade ! Assustada e ao mesmo tempo indignada. Ahhh meu Deus, as emoções são dolorosas e ao mesmo tempo reconfortantes. As demosntrações explícitas me enchem o coração de alegria pela certeza de saber que sou importante para estes jovens (e adultos) que a vida colocou no meu caminho. A vocês, meus doces alunos, a certeza de que será apenas uma interrupção. Ano que vem eu volto (tenho fé em Deus !) e nos abraçaremos para reforçar essa amizade.
Obrigada pelas orações, pelos abraços, pelas lágrimas.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Minha Fé

Esqueci de muita coisa na mensagem anterior. Há tanto ainda por dizer .... escrever, dividir com os que passarão por aqui esse momento de quase retorno ao útero materno. Nem falei da minha fé, do quanto acredito em Deus, em Nossa Senhora de Nazaré, em Santa Rita e nas pessoas, na energia positiva que elas emanam.
Não estou desesperada, apenas assustada, ainda em estado de choque, querendo imaginar como será a minha vida daqui pra frente. Não irei à Embrapa durante alguns meses, terei que suspender as aulas na Faz e deixar o convívio que adoro com os alunos. Ontem foi dia de aula, mas não tive coragem de falar pra eles. Sei que ia chorar muito. Não mais terei essa turma. O semestre termina em novembro/dezembro. Ela é enorme (mais de 50 alunos), cada um com seu perfil. Uns bem jovens (Carolina, Adrian, Felipe). Outros nem tanto (Nalu, Faustino, Marlene), mas todos com muita sede em aprender, em mudar de vida, crescer. Parecem devorar o que digo, interessados em apreender um pouco do que tenho a lhes oferecer. Essas partidas (mesmo temporárias) são dolorosas. Mas sei que poderia ser pior. Preciso ter calma, muita fé e segurar na mão de Deus que me dará a tranqüilidade que hoje tanto preciso.
Chorar é inevitável,ter medo compreensível, mas sei que vou superar, que a vida me chama e não posso decepcioná-la.

Ruminando ...

Nem as palavras estão muito bem ordenadas na minha cabeça. As imagens são confusas. Misturam lembranças recentes (a voz do médico, o telefonema informando o resultado da biópsia) a outras cenas importantes da minha vida : o nascimento dos filhos, o primeiro emprego, o casamento, o primeiro aparelho de som, a primeira viagem...É como se não fosse eu que estivesse vivendo tudo isso. Os que já tiveram experiência similar dizem que não é nada grave, que tudo passará, que até vou rir de tanto susto, mas os dias que virão - sei disso !! - exigirão muito de mim. O zoloft ajuda, o lexotan também, mas como não pensar que ele já pode estar no fígado, no pâncreas, no pulmão ou no cérebro ? Como não cogitar a possibilidade de uma complicação na cirurgia ? Dizem que o excesso de informação é um dos piores inimigos neste momento. Mas como ser jornalista e não ser informada ? Como não ter gravado na minha CPU que câncer mata, que este pode ser apenas um entre vários ainda silenciosos ? Ahhh ...tudo bem, que tenho outros momentos. Aqueles em que sei do índice altíssimo de cura, principalmente em um câncer de mama cujo tumor nem chegou a 1cm, diagnosticado no início em uma pessoa saudável (gorda, mas com um bom colesterol, sem diabete, sem triglicéricos) e sem caso de câncer de mama na família. Tenho que me espelhar nos casos exitosos e agradecer por tanto carinho (vindos de onde nem imaginava que pudessem um dia vir).
Vou ter uma overdose de tanto escrever. Escrever aqui, procurar amigos no msn, no orkut, grupos de auto-ajuda na Internet... Para mim é fundamental esse vômito de palavras. Sinto um enorme alívio ...

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Há muito a dizer ...

Não sei se terei tempo, saco, disposição, mas como não posso ficar ultrapassada (quase todos os meus amigos têm um celualr e um blog! ), cá estou eu... Poderia ser sobre as histórias do jornalismo em Belém, da extinta e grande escola A Província do Pará, sobre a Embrapa que tem sede em Belém, sobre os Rendeiro que vieram de Portugal e se fixaram na cidade.... Os temas foram os maiores obstáculos. Optei por EU, BELÉM E MUITAS HISTÓRIAS. Posso falar sobre todos os outros temas a partir daí...
Espero que muitos participem e coloquem suas histórias aqui também ...