Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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domingo, 25 de novembro de 2007

Redescobrindo-me

Sempre fui jornalista. Nunca tive outra profissão. Fiz vestibular para Letras na Universidade Federal do Pará e cursei quatro semestres. Mas foi no período do básico, em contato com os demais cursos da área, é que vi que de fato Gil Vicente e Camões (com todo respeito!) não seriam nunca minhas grandes paixões. Gostava de ler, mas muito mais sobre tudo o que fosse atual, emoções mais próximas, informações mais relacionadas ao meu mundo, ao hoje. Depois de alguns semestres abandonados, fui cursar jornalismo. A essa época já era "foca" em A Província do Pará e segui na Universidade apenas para oficializar a escolha.
Depois de A Província (a grande escola !!) fui para o jornal O Estado do Pará até dedicar-me integralmente às assessorias de imprensa (Prefeitura, Cesep, Ficom e finalmente Embrapa) e aos diversos frilas (Conselho Regional de Psiologia, Cikel, Conselho Regional de Química....)
Há muito perdi o temor, quase fobia, que me levava a fazer (e a dizer) besteiras impensáveis em plenas faculdades mentais. Mais de dez pessoas e eu à frente era suficiente para que eu surtasse. Assim foi quando prestei concurso para professora do Curso de Comunicação Social da UFPa, em 1983. Estava tão nervosa que fumei o giz e escrevi com o cigarro.
Hoje sou outra... Irreconhecível. Falo com facilidade à frente de até mil pessoas, não tremo e até gosto.
Auto-confiança que aliada à experiência profissional levaram-me a aceitar ao convite feito pela colega Heliana Martins (àquela época coordenadora do curso) para lecionar na Faculdade de Tecnologia da Amazônia (Faz) em um curso recém-criado, o de Comunicação Institucional.
Fui nervosa, é claro, mas cheia de boas intenções. Um só turma no início. A pioneira do curso. Uma deliciosa experiência dividida com eles. Devo ter agradado, afinal fui escolhida como paraninfa da turma.
Ir para a sala de aula tem sido para mim mais do que uma nova opção profissional. É uma redescoberta. É descobrir que além do jornalismo tenho outros prazeres. Nunca sinto-me cansada. Raramente falto e conversar, estar com eles, vendo que posso repassar um pouco do que acumulei nesses mais de 30 como jornalista, sendo 25 como assessora de comunicação, alimenta minha alma e aumenta minha curiosidade pela área de comunicação nas instituições levando-me a estudar semppre, a compreender melhor esse novo mundo.
E ontem, a Lorena Matoso, uma ex-aluna que em breve receberá o título de tecnóloga em Comunicação Institucional, mais uma vez emocionou-me e me trouxe a certeza de que a doação é bem compreendida, que de fato eles percebem minhas intenções, minha honestidade em dividir.
Ao escrever a DEDICATÓRIA NÃO PUBLICÁVEL de seu TCC em seu perfil no Orkut dedicou um parágrafo inteiro para mim.
Emoção pura que divido com, muita honra e vaidade, com vocês.
"Eu sempre ouvi falar que TCC era uma desgraça e descobri que não é nada disso. É muito pior (...)
À amada ex-professora Ruth Rendeiro, carinhosamente chamada por mim de “co-orientadora”, por todo o lado prazeroso do TCC, por todas as dicas, as idéias, livros emprestados, por me mostrar o porquê das coisas serem tão difíceis assim, sendo que as minhas angústias são mínimas perto das suas. Obrigada é muito pouco pra lhe dizer, Deus está com você, lembre-se disso."
Próximo dos 50 anos, a nova profissão me invade e me apaixona.
Quero ter outras Lorenas ...
Mais um motivo pra prosseguir ...
Pra lutar ...
Pra viver ...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ruth! Que descoberta linda! O meu agradecimento é o mínimo que te devo.
Engraçado que nossos caminhos são opostos. Saí da sala de aula pra cursar comunicação. Engraçado não?!
Mas o tempo que dei aula foi gratificante também, tenho alunas que hj estão com 15, 16 anos e me chamam de tia, e dizem que isso ou aquilo aprenderam comigo. Esse é o melhor reconhecimento de um professor, saber que realmente vc plantou algo de bom naquela pessoa, que somos formadores de opiniões, de cidadãos.
Fiquei muito feliz com o seu texto e com certeza, muitas Lorenas virão e serão tão gratas como eu.
Fique bem!
Beijão