Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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terça-feira, 9 de outubro de 2007

Meio perdida

Esta terça-feira era para ser de arrumar a malinha do hospital, providenciar os documentos para a internação e estar bastante aflita. Mas Deus não quis. Nossa Senhora de Nazaré interferiu, ouviu minhas preces e deixou-me livre para viver este momento único de Belém. Mergulhar no Natal dos paraenses. A cidade ferve. A cultura se mistura à devoção à Virgem. Tudo aqui é Círio. Nas fachadas da grande maioria das casas o cartaz deste ano; na rua o cheiro da maniçoba que ferve nas panelas; nos pontos turísticos muitos visitantes; na Basílica missa de hora em hora e muitos devotos. Todos se cumprimentam e como no Natal, desejam, mesmo aos desconhecidos : Feliz Círio !
Vou comprar daqui a pouco os seios de cera que entregarei a Ela na certeza da cura e procurar o hepatologista (dificílimo uma consulta urgente !. Em seguida fazer os exames necessários, certamente entrar numa rigorosa dieta (maiçoba, pato no tucupi, cerpinha ? Nem pensar !!). Mas confesso que estou meio perdida. Tinha outra programação para esses próximos dias. Felizmente esta é bem melhor.
Estou quase feliz.
Descobri em exames tão minuciosos que meus males não são tão grandes como imaginava (de novo a ansiedade antecipatória !). Para o oncologista, devo me preocupar de imediato com a artrose no joelho. “Essa sim lhe dará trabalho !”, falou meio profético.
Novas consultas, novos exames, mas muito mais otimismo e fé.
Estou diferente

3 comentários:

Gabbay disse...

Oi Ruth!

Que maravilha é Belém nessa época, hein? Dá uma saudade fumada desse cheiro de sol, de almoço, de cerveja quente, hã? Tu deves estar vivendo tudo de forma inédita, agora. Tudo acontece como tem de ser (confusa esa frase... mas é isso aí). Vais passar o Círio em casa respirando bem fundo tudo, a cirurgia pode esperar. Mas vai ser mole (que nem aqueles picolés degelados do bandeijão da Embrapa). Olha uma dica aí superbacana pra hoje (já deves saber): às 18h30 no Cine Olympia, uma filme documentário sobre o movimento cultural de Belém nos anos 80 (tem Lúcio Flávio no meio, haha).

Abração,

webeatriz disse...

Que bom Ruth, que bom! Quero te mandar algo, se eu mandar pra Embrapa, mandam deixar na tua casa, ou ainda estás indo por lá?
Então manda teu endereço num e-mail.
Beijos Força e Fé sempre.

Anônimo disse...

Profa. Ruth...
Dia 09 de outubro, dia do aniversário da minha irmã, dia de apresentar um trabalho na faculdade, eis que recebo a notícia sobre sua saúde... A minha reação foi de abrir a boca, deixar o queixo cair e deixar as lágrimas caírem no meu rosto. Muitas lágrimas... Lágrimas por simplesmente não acreditar que isso estava acontecendo com a senhora. A primeira coisa que falei com a Sylvania (que foi quem me deu a notícia) foi: às vezes as pessoas se revoltam com Deus com essas coisas que acontecem, pois os fracos não entendem e perguntam pq? Na verdade não é por quê e sim pra quê?! Com certeza há um propósito muito grande por trás disso, há alguma coisa que explique toda essa situação.
Seja o que for, Ruth, Deus não te deixa só. Deus lhe deu alunos, filhos, amigos, parentes, famílias... Pessoas que assim como eu torcem por vc e sabem que vc e Deus são muito mais que isso.
Estarei por aqui, com vc em minhas orações e pensamentos positivos.
Conte sempre com eles.

Profª Ruth, amo a senhora, muito e de verdade.

Um beijo bem grande,

Lorena Matoso