Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Forte ou fraca ?

A imagem é algo que nós, profissionais de Comunicação, estudamos minuciosamente. Um objetivo a ser perseguido, o mote de muitas campanhas, planos e projetos. Falo isso para ponderar sobre algumas observações que ouvi de amigos de que estou "muito fraca", "você sempre foi tão forte". Não.... eu criei essa imagem ou deixei que as pessoas me percebessem assim. Eu sou fraca, frágil, cheia de medos (de avião, de barco, de assalto, de barata)e que desaba também. Eu sei que a vida me obrigou, em alguns momentos, a ser um trator. A não considerar os tocos que estavam no meio do meu caminho e que, para sobreviver, fui derrubando, um a um. Lutei para estudar (studo até hoje !!) , para ter um bom emprego, para manter uma relação estável com um bom homem, para ter filhos saudáveis e amigos, para ter a mãe do meu lado, uma casa confortável. Mas fui privilegiada também, abençoada. Conquistei mais do que imaginava, muito mais do que na adolescência cheia de privações e quase sem sonhos, eu cheguei a cogitar. Como os amigos que me rodeiam e oram, mandam presentes, orações ou uma simples e carinhosa mensagem. Tenho os alunos e ex-alunos que não me deixam fraquejar. Os filhos que estão mais próximos, mais carinhosos, mais atentos a mim. Ontem a Anaterra perguntou : - mãe você já viu uma matéria que está na Isto É ? O título era simplesmente a vida depois do câncer. Certamente o que ela acredita que acontecerá comigo depois da fase mais dolorosa que está por vir. Minha mãe, sempre calada, mas pensativa que sei rezar com emoção todas as noites pela minha saúde. Meus irmãos, sobrinhos ...
Mas tudo isso não elimina meu medo, minha apreensão. TENHO MEDO SIM !!! Não sou tão corajosa como outras pessoas, não sou tão forte como alguns imaginavam. Quero colo, afago, sentir-me querida, amada. Acreditar que se tiver que partir mais cedo do que imaginava, deixarei saudades.
Desculpem se decepcionei algumas pessoas que acreditavam que eu encararia o câncer, os exames de metástase e tudo mais o que está me esperando como se estivesse com um resfriado.
Isso não significa, porém, que não lutarei, que não vou até os meus limites em busca da cura completa, que deixarei de viver porque algumas células rebelaram-se em meu corpo.
Estou com medo, ainda apavorada com a notícia, mas viva !!!

Um comentário:

Unknown disse...

O medo de barata foi surpresa,deve ser de familia entende?rsrsrsrsr,o de avião ja rendeu ate um FANTASTICO plim plim.Ja posso ver a Ruth,a que eu tenho em mente,forte,determinada,a mãe da mãe,dos filhos,dos irmãos,dos sobrinhos,dos amigos,dos bichos da casa,se as cunhadas deixarem das cunhadas rsrsrsrsr,te sinto forte o suficiente pra te mostrar minha fragilidade,pra te dizer que choro,pra te dizer que gosto,que perco o rumo...acredito que não nos encontramos por acaso,se as pessoas nos fogem ,não era pra ser,e me sinto feliz por fazer parte desta familia,o tempo de dizer-mos que nos gostamos e hoje,agora,nesse minuto.Fica em paz,beijos muiiiiiiiitos.