Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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quinta-feira, 20 de março de 2008

SP... Leme... Campinas ... Belém...

Eu fui...
Um tempinho ausente e felizmente sentido por alguns amigos fiéis que me escreveram perguntando onde eu andava, o que estava acontecendo comigo.
EU FUI !
Sou do tipo que quando diz vou fazer, vou ou eu quero, não meço esforços para realizar. Se estiver ao meu alcance, enfrento os maiores obstáculos, mas consigo realizar e ir a São Paulo era algo fundamental para mim neste momento e por isso eu fui.
Como é uma passagem relativamente grande, vou dividi-la em parte. Hoje apenas a capital, depois Leme e Campinas.
Fui com o meu filho Raul. Aos 16 anos já um companheirão, forte para aturar o meu medo de avião felizmente reduzido a três horas e alguns minutos diretos e para carregar as malas. Uma viagem calma e felizmente sem escala. Mas ele ainda é um adolescente manhoso, meio fraquinho para o meu gosto. Até hoje ainda sente os efeitos do frio que nos pegou durante a estadia. Estranha a comida, o clima, o banheiro e de tudo reclama. Bem diferente da mãe.... Prazer mesmo só nos shoppings e fazendo compras em suas lojas preferidas. Mas isso é outra história .
Fui em busca de mais um a opinião, precisava ouvir mais um oncologista clínico. Bela clínica nos Jardins freqüentada por pessoas visivelmente de alto poder aquisitivo e no consultório um médico simpático que após analisar os exames que levei de Belém e de me examinar, novamente explicou-me que o meu tipo de câncer suscita mesmo dúvidas. Está em um patamar intermediário e as pesquisas, para esses casos, ainda são recentes. Para doenças como o câncer é preciso um acompanhamento de 15, 20 anos e a detecção de cânceres no estágio do meu tumor o que se tem ainda são estudos em torno de 10 anos. Por este motivo, fazer ou não a quimio é uma decisão difícil de recomendar.
Não fazer pode significar um novo tumor no seio dentro de alguns anos ou em outro local, sobretudo no fígado, cérebro, ossos ou pulmão, os mais freqüentes depois do Ca de mama. Mas fazer a quimio, por outro lado, não elimina a possibilidade. Poderia aumentar um pouco a impossibilidade, mas os médicos não garantem, a ciência ainda não tem essa certeza.
Por questão de segurança, o onco de SP pediu uma repetição do exame histopatológico do tumor em um laboratório de sua completa confiança. De Belém o Manoel enviou o material, que fica à disposição do paciente por cinco anos no laboratório que primeiro o recebeu e neste momento ele está em fase de nova avaliação. Espero que todas as informações sejam ratificadas.
Outra novidade, nunca falada em Belém, foi um exame recente realizado em apenas um laboratório de SP chamado Mamogen que dá mais informações sobre a genética do câncer fornecendo os marcadores moleculares e genéticos e demonstrando qual o nível de agressividade da doença e tipo de receptores tem o tumor. Tudo muito novo e custando cerca de 4 mil Reais. Mais uma decisão a tomar.
Preferi entrar na Net, conversar com algumas pessoas, conhecer um pouco mais sobre o exame e depois da consulta de Campinas, com o outro onco, decidir.
Depois da consulta queria apenas aproveitar o momento, viver um pouquinho a loucura de Sp e assim fizemos, eu e o Raul. Primeiro ir ver de perto os enormes prédios da avenida Paulista e passear no shopping Iguatemi. No dia seguinte a estréia dele no metrô rumo à Estação da Luz onde visitamos o belíssimo Museu da Língua Portuguesa. Que emoção ! Aprendi um pouco mais sobre nosso idioma e passei a admirá-lo mais ainda. Um rápido almoço e visita a lojas e mais lojas nas ruas do Bom Retiro. Uma pausa e depois outra emoção e mais aprendizagem: a exposição genômica no Ibirapuera. Tudo sobre o DNA, inclusive o privilégio de ver a extração do DNA de morangos ao vivo, por dois jovens biólogos. A temperatura também nos lembrava que estávamos a milhares de quilômetros de casa. Algo em torno de 15º graus mudou nosso visual : botas, agasalhos e meias e de novo arrumar malas. No dia seguinte, a Rodoviária do Tietê nos aguardava. Era a hora de rumarmos para Leme, a cerca de 150km da capital e ir abraçar o Ruy, meu irmão, Ana Júlia, a sobrinha e a Dóris, a cunhada.
Ufa ! que dia !

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