Quem sou eu

Belém/Ribeirão Preto, Brazil
Amazônida jornalista, belemense papa-xibé. Mãe, filha, amiga... Que escreve sobre tudo e todos há décadas. Com lid ou sem lid e que insiste em aprender mais e mais... infinitamente... Até a morte

Aos que me visitam

Sintam-se em casa. Sentem no sofá, no chão ou nessa cadeira aí. Ouçam a música que quiser, comam o que tiver e bebam o que puderem.
Entrem...
Isso aqui está se transformando em um pedaço de mim que divido com cada um de vocês.
Antes de sair me dê um abraço, um afago e me permita um beijo.

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domingo, 2 de dezembro de 2007

Periquitos do CAN

A expressão foi usada em sala de aula, na Unama, pela Élida (se não estou enganada) e achei o máximo. Mas é preciso morar em Belém, conhecer Belém para entender o que ela significa.
Periquitos do CAN acima de tudo representa muita gente reunida e fazendo barulho, mas não é um barulho qualquer. É um barulho de periquitos !!! Centenas (quiçá milhares) gritando (?) ao mesmo tempo, voando em bando (e em brando!) em direção às samaumeiras da praça santuário de Nazaré ou Complexo Arquitetônico de Nazaré, o CAN.
Ao final da tarde, exaustos de peregrinar pela cidade, saborear açaís nos pés ou beliscar as mangas, eles chegam em Nazaré. Nunca andam só. Odeiam a solidão. Parecem conversar sobre o dia movimentado e ainda farto de frutas da cidade.
Uma mancha verde corta o azul do céu. São eles. Impossível não olhar pra cima, mesmo correndo o risco de ser presenteado com secreções nada agradáveis. Por sinal, muito freqüentes em torno das árvores centenárias.
Quando o dia amanhece, revigorados e ao som do sino da Basílica Santuário, lá se vão eles. Mais barulho, mais festa.
Belém tem muitas expressões típicas: égua é a mais conhecida. Tem variados significados conforme a entonoção. Pode ser coisa muito boa ou muito ruim, dependendo do interlocutor. Pai d'égua, axi, pitiú, arreda e tantas outras que às vezes causam estranheza entre os que nos visitam.
Mas o linguajar mais observado, inclusive pelo Pasquale, é o uso que fazemos do pronome tu. Usa-se a segunda pessoal do singular com relativa correção .
- Queres água ? Algo meio português de Portugal.
Os que têm dificuldade em conjugar os verbos usam o isse e tudo se transforma em visse, quisesse, comesse, andasse...
Há uma frase hilária que traduz bem essa forma única (e errada !!) de conjugar os verbos na segunda pessoa do singular : passasse por mim me olhasse fizesse que nem me visse. Nem falasse !!

Um comentário:

webeatriz disse...

Ruth , falando em periquitos e expressões paraenses, tem uma que eu adoro:
" não tem nada no c* que o periquito roa!" uhahuahuahuahuahu! não é ótima?

E tem uma outra parecida com essa , que eu acho fantástica, mas não consigo lembrar agora :-(


Eu nem tenho muita chances de conjugar a 2a. pessoa do singular errada, pelo menos não perto do meu filho, se deixo escapar um; "...Nilo tu visse" , ele me responde corrigindo : "tu vistes o queeee?" rsrsrsrs